terça-feira, 18 de maio de 2010

Pessoas vazias e flores viçosas, eis o que devemos ser sempre.

Na minha vida, que não é assim tão longa mas, certamente, repleta de experiências que muitos jamais passarão, nem em 100 anos, aprendi algumas lições e, agora, quero compartilhar com vocês, meus amigos, colegas e desafetos.
Sim, os desafetos também merecem aprender, afinal, o aprendizado vem de qualquer forma, por bons ou maus caminhos, escolhas e fontes.
Alguns seres não são capazes de aprender, seja por falta de intelecto ou, o que geralmente acontece, por falta de caráter, por esnobismo, teimosia e ignorância.
Defeitos todos temos e, alguns, são mesmo necessários para sobreviver nesse mundo maldoso de pessoas mais maldosas ainda... A maldade é necessária mas, quando muito usada, vira um vício. Daí também vem a falta de caráter.
Da maldade viciante também nascem a mentira, a falsidade, a propensão a intrigas, a maledicência, o julgar e não aceitar ser julgado, a mesquinhez, a arrogância, o sentimento de superioridade, a prepotência, o egoísmo...
A pessoa má se acha tão importante que se perde em sua vaidade e torna-se promíscua, estrupando-nos com sua presença desarmoniosa e violenta, chamando-nos de fracos, insignificantes, medíocres e vazios.
Se ser vazio é não se viciado em maldades, sejamos todos vazios. Vazios desses sentimentos que nos enchem de rancor.
Deixemos que os cheios, os não-vazios, riam. Riam muito... Eles, coitados, acham que estão rindo de nós mas, a grande piada, são eles mesmos.
Tenhamos pena desses seres maldosos que não sabem e, provavelmente, nunca venham a saber o que é, realmente, a AMIZADE e o AMOR.
Amizades vêm e vão, aparecem em todos os lugares, mesmo sem procurarmos... Mas existem aquelas, bem raras, que se estendem por anos, que se perpetuam, que se tornam essenciais à nossa existência e se transformam em AMOR.
O amor só anda de mãos dadas com a amizade verdadeira e o que somos se não amigos de nossos pais e filhos?
Casais podem se gostar, se admirar... Mas só se ama quando são, acima de tudo, amigos. Quando ambos sabem ceder, escutar... Quando um respeita o outro. Quando a liberdade de viver, de falar, de opinar, de errar é recíproca. Amor não é achar que está sempre certo, humilhar, gritar, mandar, prender. Amar não é amarrar.
Brigar todo mundo briga... Falar do amigo todo mundo fala de vez em quando, em um momento de desentendimento, por exemplo.
CUIDADO! Esses momentos podem ser julgados como traição. E trair um amigo devia ser proibido por lei!
Quem trai um amigo uma vez, pode até ser perdoado. Quem trai um amigo constantemente acaba sozinho ou, o que é ainda pior, acaba rodeado de pessoas “não-vazias”, se é que me entendem.
Aliás, acredito que pior do que trair um amigo é tentar destruir a amizade alheia... Ainda mais se é uma daquelas raras amizades verdadeiras, que já se transformaram em amor, das quais falei há pouco.
Diz uma lenda que, certa vez, havia três flores que eram amigas: Violeta, Tulipa e Jasmim.
Um dia, Violeta ficou brava com Tulipa e desabafou com Jasmim. Jasmim, como boa amiga, defendeu Tulipa. Mas Violeta não quis escutar e falou mal de Tulipa, que ela conhecia a muito mais tempo do que Jasmim.
Jasmim contou para Tulipa o que Violeta tinha dito. E Tulipa, indignada, também falou mal de Violeta.
Violeta e Tulipa fizeram as pazes, Jasmim ficou feliz e a amizade voltou ao normal.
Outras flores nasceram no campo e novas amizades foram se construindo.
Aconteceu uma festa e Jasmim brigou com Violeta. Tulipa tentou ajudar, assim como Jasmim havia feito um dia mas, Violeta, sempre teimosa, não escutou mais uma vez.
Violeta ficou distante por muitos dias, até que Tulipa pediu que conversassem e, qual não foi a surpresa de ambas ao descobrirem que Jasmim não era assim tão sutil?
Jasmim falava mal de Tulipa para Violeta e contava para Tulipa que era Violeta quem falava dela... E vice-versa.
Graças à amizade de longa data entre Tulipa e Violeta, a harmonia foi restabelecida e a confiança renovada.
Jasmim não foi informada sobre o acontecido, muito menos questionada sobre sua atitude maliciosa, pois Tulipa e Violeta decidiram que não deviam mais perder tempo com flores murchas e, além do mais, estavam muito ocupadas cuidando de uma nova sementeinha que havia aparecido por ali, a Azaléia sandrosa.
E o que aconteceu com Jasmim?
Jasmim tentou plantar sementinhas de discórdia com algumas flores, mas poucas deram ouvidos.. Então ela se uniu a outra florzinha murcha e arrogante, Lírio, e continuou sua vida em meio a espinhos.
Essa lenda se repete todos os dias, em muitos lugares, mas quem tem AMOR e AMIZADE no coração nunca se deixará corromper.
Que dessas minhas palavras vocês, leitores, tirem muitas lições, dentre elas que devemos ser pessoas vazias e flores viçosas.